Quando pensamos na bandeira da França, o icónico tricolor azul-branco-vermelho não é apenas um símbolo nacional: é a síntese visual dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que moldaram a história moderna. Neste artigo vai descobrir o significado profundo de cada cor, as curiosas adaptações feitas durante a Segunda Guerra Mundial e os códigos oficiais (Pantone, RGB, CMYK) que asseguram a fidelidade do estandarte francês.
Para completar, apresentamos-lhe um guia prático sobre protocolo de hasteamento, manutenção e, claro, onde comprar uma versão oficial em Portugal com a qualidade e o envio da Imazu.
Onde comprar a bandeira da França em Portugal
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Breve história da bandeira da França
Do oriflamme vermelho medieval, empunhado pelos reis capetíngios em batalha, até ao icónico tricolor que hoje reconhecemos, a bandeira da França percorreu um caminho marcado por revoluções, restaurações e modernizações:
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Período monárquico (séculos XII-XVIII)
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A dinastia dos Capetos utilizava o oriflamme de Saint-Denis, um estandarte vermelho de significado religioso.
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A partir do século XIV, impõe-se o fundo azul semeado de flores-de-lis douradas, símbolo dos Bourbons, enquanto o estandarte branco se torna a cor naval e militar do rei.
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Revolução Francesa (1789-1794)
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Em 1789, a milícia parisiense adopta uma cocarde azul-vermelha (cores da cidade), à qual o marquês de Lafayette adiciona o branco real, formando o tricolor.
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A Convenção Nacional, em 15 de Fevereiro de 1794, oficializa a “Tricolore” com faixas verticais azul-branco-vermelho — azul junto ao mastro para representar “liberdade”.
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Século XIX turbulento
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Império Napoleónico (1804-1814): mantém-se o tricolor, agora carregado com o emblema imperial (águia).
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Restauração Bourbon (1814-1830): regresso do pavilhão branco com flores-de-lis; o tricolor sobrevive apenas em meios revolucionários.
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Monarquia de Julho (1830): Luís-Filipe readopta oficialmente o tricolor, consolidando-o como símbolo nacional definitivo.
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Uniformização moderna (1880-hoje)
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Em 1880, a Terceira República fixa proporções (30 : 33 : 37) e protocolo de hasteamento.
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Durante as duas Guerras Mundiais, o tricolor acompanha exércitos e governos no exílio — tema que exploraremos detalhadamente na próxima secção.
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A Constituição de 1958 reafirma a bandeira tricolor como emblema nacional da Quinta República.
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Ao longo destes séculos, a bandeira da França evoluiu de símbolo régio para ícone republicano, espelhando as transformações políticas do país e tornando-se, hoje, um dos estandartes mais reconhecidos do mundo.
Significado e cores da bandeira da França
A bandeira da França deve o seu impacto visual à combinação equilibrada de três faixas verticais ― azul, branco e vermelho ― cada uma carregada de simbolismo histórico e republicano.
Significado histórico de cada cor
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Azul — Tradicionalmente associado à cidade de Paris e à proteção de São Martinho; na Revolução representou a liberdade do povo.
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Branco — Cor régia dos Bourbon, incorporada para simbolizar a união entre o antigo regime e a nova ordem; hoje evoca igualdade perante a lei.
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Vermelho — Ligado a Paris (cocarde vermelha) e ao sangue derramado pelos cidadãos pela pátria; mantém-se como emblema de fraternidade e coragem.
Códigos oficiais de cor (Pantone, RGB, CMYK, HEX)
Faixa | Pantone | RGB | CMYK | HEX |
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Azul | Reflex Blue C | 0 / 85 / 164 | 100 / 72 / 0 / 18 | #0055A4 |
Branco | – (puro) | 255 / 255 / 255 | 0 / 0 / 0 / 0 | #FFFFFF |
Vermelho | Red 032 C | 226 / 43 / 56 | 0 / 92 / 82 / 0 | #EF4135 |
Dica prática: quando encomendar ou imprimir, confirme que o fornecedor usa estes valores para garantir fidelidade cromática, sobretudo em suportes têxteis ou PVC.
Proporções e disposição
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Disposição vertical (oficial): azul junto ao mastro, seguido do branco e do vermelho.
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Proporção recomendada: 2 : 3 (largura : comprimento).
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Largura das faixas: padronizada em 30 : 33 : 37 para compensar a percepção óptica ― o azul parece mais escuro e “encolhe” ao longe, por isso é ligeiramente mais estreito.
Ao dominar as cores da bandeira da França e o seu significado, consegue não só preservar a integridade histórica do estandarte como garantir que qualquer reprodução — digital ou física — respeita os padrões oficiais.
A bandeira da França na Segunda Guerra Mundial
Entre 1939 e 1945, o tricolor francês deixou de ser um símbolo único: passou a representar realidades políticas opostas — o Estado Francês de Vichy e a França Livre de Charles de Gaulle —, cada qual com insígnias específicas que ainda hoje suscitam curiosidade histórica.
Governo de Vichy: tricolor sob a sombra da francisque
Quando a França assinou o armistício com a Alemanha (Junho 1940), o marechal Pétain manteve oficialmente a bandeira da França como pavilhão nacional, mas o regime de Vichy introduziu:
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Insígnia da francisque — machado estilizado associado a Pétain, colocado em estandartes militares, selos e cartazes de propaganda.
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Alterações protocolares — eliminação da divisa “Liberté, Égalité, Fraternité”; a nova máxima “Travail, Famille, Patrie” aparecia junto à bandeira em edifícios públicos.
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Uso restrito no exterior — forças navais e diplomáticas leais a Vichy continuaram a içar o tricolor sem símbolos adicionais, mas sob reconhecimento limitado.
Apesar dessas mudanças, o desenho base (azul-branco-vermelho) permaneceu, reforçando a luta semântica pelo legítimo “dono” dos valores republicanos.
França Livre: a Cruz de Lorena como emblema de resistência
No exílio londrino, Charles de Gaulle precisava de diferenciar-se de Vichy e inspirar moral:
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Escolha da Cruz de Lorena (⚜︎) — símbolo histórico da resistência a invasões germânicas na região da Lorena desde o séc. 15.
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Aplicação
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Forças Navais: tricolor com cruz vermelha deslocada ligeiramente para a esquerda das faixas branca e vermelha; fácil identificação a longa distância.
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Aviação: cruz azul-escura ou vermelha sobre discos brancos pintados na fuselagem.
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Dimensão simbólica — a cruz evocava fé e patriotismo, unindo católicos e laicos contra a ocupação.
Regresso ao tricolor republicano
Quando Paris foi libertada (Agosto 1944) e a Quarta República instaurada (1946), o tricolor puro voltou a ser o único emblema oficial. A Cruz de Lorena permaneceu, porém, como:
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Insígnia da Ordem da Liberação (1940 – 1946).
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Elemento heráldico em monumentos e medalhas, lembrando o papel da França Livre na vitória aliada.
Compreender essas variações durante a Segunda Guerra Mundial não só enriquece o conhecimento histórico como valoriza o simbolismo resiliente da bandeira da França, reafirmado em 1958 pela Constituição da Quinta República.