Bandeira Antiga de Portugal: História e Evolução

A bandeira antiga de Portugal é muito mais do que um símbolo visual — é um retrato da história e da evolução do país ao longo dos séculos. Desde os tempos do Condado Portucalense até à atual República, a bandeira nacional passou por diversas transformações, refletindo mudanças políticas, conquistas territoriais e momentos decisivos na construção da identidade portuguesa.

Cada versão da bandeira contou uma parte desta história: as cruzes dos primeiros reis, os escudos com diferentes quantidades de castelos, a introdução da esfera armilar na época das Descobertas, até à configuração atual, adotada em 1911. A bandeira antiga de Portugal revela, assim, não só os símbolos de cada época, mas também as influências culturais, militares e religiosas que marcaram o percurso da nação.

Compreender como estas bandeiras evoluíram é também compreender o caminho de Portugal enquanto reino, império e república. Neste artigo, vamos explorar a origem, os significados e as principais alterações que moldaram a bandeira portuguesa ao longo da sua história.

Como eram as bandeiras antigamente em Portugal?

Quando pensamos na antiga bandeira de Portugal, é importante lembrar que as primeiras bandeiras do território surgiram num contexto muito diferente daquele que conhecemos hoje. Durante a Idade Média, as bandeiras tinham não só a função de representar um reino ou um senhor, mas também serviam como elemento de identificação em campo de batalha, como sinal de autoridade ou até como símbolo religioso.

A forma como eram as bandeiras antigamente de Portugal

Nos tempos medievais, a forma como eram as bandeiras antigamente de Portugal variava bastante, tanto em tamanho como em estilo. Eram, muitas vezes, estandartes retangulares ou pendões alongados, usados em mastros ou carregados por soldados a cavalo. O design não seguia um modelo fixo como hoje, mas refletia os brasões de armas da casa real ou de nobres específicos, sendo adaptado para o uso militar ou cerimonial.

Uma das primeiras bandeiras reconhecidas como símbolo do território português foi a do Condado Portucalense, associada a D. Henrique e ao seu filho D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. Esta bandeira apresentava uma cruz azul sobre fundo branco, que viria a evoluir para incluir escudetes, castelos e outros elementos heráldicos ao longo dos reinados seguintes.

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Materiais, cores e símbolos usados nas bandeiras antigas

As bandeiras antigas de Portugal eram geralmente feitas de tecidos como linho ou lã, materiais disponíveis na época, resistentes e adequados para a mobilidade exigida nas campanhas militares. As cores mais comuns eram o azul, o branco, o vermelho e o dourado, cores associadas à fé, à coragem, à realeza e à proteção divina.

Entre os símbolos mais usados destacavam-se:

  • As cruzes: representavam a ligação à fé cristã e às cruzadas.

  • Os escudetes (pequenos escudos azuis com besantes prateados): simbolizavam proteção, defesa e a vitória sobre os inimigos.

  • Os castelos: sinalizavam as conquistas territoriais e a defesa do reino.

  • A esfera armilar (que surgiria mais tarde, na época dos Descobrimentos): marca da expansão marítima e da ligação ao mundo.

Bandeiras de reis, bandeiras do reino e estandartes militares: as diferenças

É essencial distinguir entre as bandeiras dos reis, as bandeiras do reino e os estandartes militares. As bandeiras pessoais dos reis refletiam os brasões familiares e podiam incluir elementos que não estavam presentes na bandeira nacional. Já a bandeira do reino era o símbolo oficial do território, representando o poder central e a unidade do povo português.

Os estandartes militares, por outro lado, podiam ter variantes adaptadas a diferentes batalhões ou ordens religiosas e militares, como a Ordem de Cristo ou a Ordem de Avis, com símbolos próprios que se destacavam em campo de batalha para facilitar a identificação das tropas.

Estas distinções demonstram como a forma como eram as bandeiras antigamente de Portugal estava intimamente ligada ao contexto político, militar e social da época, refletindo o dinamismo e a complexidade da história do país.

Linha do tempo da evolução da bandeira de Portugal

A história da bandeira antiga de Portugal é marcada por uma série de transformações que refletem as mudanças políticas, territoriais e culturais do país. Desde o século XII, com a fundação do reino, até à configuração atual, cada bandeira conta uma parte da trajetória de Portugal enquanto nação.

Do Condado Portucalense ao primeiro rei

A primeira representação heráldica ligada ao território que viria a ser Portugal remonta ao tempo do Condado Portucalense, liderado por D. Henrique. O símbolo mais antigo associado a esta fase era uma cruz azul sobre fundo branco, que simbolizava a fé cristã e a proteção divina.

Com a proclamação de D. Afonso Henriques como o primeiro rei de Portugal em 1143, a bandeira passou a incorporar cinco escudetes azuis dispostos em cruz, cada um com pequenos círculos brancos (besantes), representando vitórias sobre os inimigos e a proteção concedida por Deus. Esta configuração deu origem ao que conhecemos como os escudetes presentes no escudo nacional.

Introdução dos castelos e expansão do território

Durante o reinado de D. Afonso III, já no século XIII, a bandeira sofreu uma alteração significativa com a adição dos castelos dourados ao redor do escudo. Estes castelos, tradicionalmente interpretados como símbolo das fortalezas conquistadas aos mouros, reforçavam a imagem de um reino forte, capaz de defender as suas fronteiras.

Nesta fase, a bandeira de Portugal já refletia a consolidação territorial e a afirmação da identidade nacional, combinando os escudetes centrais com os castelos dourados em fundo branco.

A esfera armilar e os Descobrimentos

O século XV trouxe uma nova etapa para Portugal: a era dos Descobrimentos Marítimos. Durante o reinado de D. Manuel I, a bandeira incorporou pela primeira vez a esfera armilar, um instrumento de navegação e símbolo da expansão portuguesa pelo mundo. Este elemento apareceu associado ao brasão pessoal do rei, que utilizava a esfera como símbolo do Império e da projeção global de Portugal.

A esfera armilar reforçou o caráter marítimo da identidade portuguesa e foi mantida em várias versões da bandeira nos séculos seguintes.

A bandeira azul e branca da Monarquia Constitucional

Com a implantação da Monarquia Constitucional em 1830, Portugal adotou oficialmente uma bandeira com fundo azul e branco, cores associadas à Casa de Bragança. O escudo, com os escudetes, castelos e esfera armilar, mantinha-se ao centro.

Esta bandeira esteve em vigor até 1910, ano em que foi proclamada a República.

A bandeira da República: o modelo atual

Após a Revolução Republicana de 1910, Portugal adotou a atual bandeira nacional, com o escudo colocado sobre a esfera armilar, agora em fundo verde e vermelho. As cores foram escolhidas com novos significados:

  • O verde simboliza a esperança e a renovação.

  • O vermelho representa o sangue derramado nas lutas pela independência e pela liberdade.

Apesar destas alterações cromáticas, o escudo com os escudetes, os sete castelos e a esfera armilar permanece como herança das bandeiras antigas, ligando o presente ao passado e preservando a continuidade da simbologia nacional.

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